Monster Hunter Wilds dá passos ousados para frente, mantendo-se fiel às suas raízes. A adição dos montarias Seikret melhora a locomoção e a coleta de recursos, tornando as caçadas mais eficientes. Uma nova mira de alvo e a habilidade de carregar duas armas adicionam estratégia e flexibilidade. Os designs dos monstros, do temível Arkveld ao ridículo Congalala, mantêm as batalhas envolventes e dinâmicas.

No entanto, o sistema reformulado de sinalizador SOS introduz companheiros NPC superpoderosos, tornando o jogo muito mais fácil do que as entradas passadas. Embora seja ótimo para novatos, os veteranos podem achar que o desafio é insuficiente. Há pouca consequência em usar esses caçadores de IA, tornando o grind e a fabricação menos essenciais em comparação com jogos anteriores.

Graficamente, Wilds é um misto; os monstros têm um visual fantástico, mas os modelos humanos e alguns ambientes parecem desatualizados. Texturas piscando e lag são perceptíveis, especialmente no Xbox. A história, que busca ter mais profundidade, acaba por parecer sem graça e intrusiva, com personagens esquecíveis e cenas excessivas interrompendo a ação.

Com 11 horas de jogo principal, a verdadeira experiência começa no endgame, onde monstros mais difíceis aguardam. Felizmente, a Capcom confirmou atualizações gratuitas pós-lançamento, prometendo monstros adicionais e desafios para manter a caça sempre renovada.

No final das contas, Monster Hunter Wilds refina a fórmula com melhorias inteligentes de qualidade de vida, mas corre o risco de alienar os fãs hardcore com sua acessibilidade. Se você quer a verdadeira emoção, evite depender dos sinalizadores SOS e abrace o desafio das caçadas tradicionais solo ou multiplayer.