A organização brasileira Hype Esports anunciou a cessação de todas as suas atividades em Counter-Strike 2. Este é mais um alerta para o cenário que já perdeu mais de uma dúzia de equipes em 2025.
Em seu comunicado oficial, a Hype agradeceu aos jogadores, equipe e comunidade pelos anos de apoio, destacando que, embora tenham contribuído para o desenvolvimento do cenário brasileiro, foram forçados a encerrar o projeto. A retórica do clube é cuidadosamente redigida: “muitas nuances no cenário nos fizeram decidir encerrar o projeto.”
Nossa missão é deixar um legado para os eSports e apoiar a infraestrutura. Esperamos ser lembrados por nosso profissionalismo, transparência e dedicação ao Counter-StrikeHype Esports
A razão é Valve Regional Standings
Embora a Hype não mencione diretamente, a decisão de encerrar as operações está associada à introdução do sistema de classificação virtual (VRS), que a Valve e os operadores de torneios começaram a usar como base para selecionar equipes para os principais torneios. Para pequenos clubes de regiões como o Brasil, isso significa uma complicação significativa no acesso a eventos importantes, uma diminuição na atratividade para patrocinadores e uma queda na motivação dos investidores.
A Hype Esports foi uma participante ativa em ligas regionais e plataformas de desenvolvimento de jovens talentos. Seu programa Hype Pro apoiou novos jogadores e criou uma ponte para a cena profissional.
Êxodo em massa: quem mais desapareceu?
O ano de 2025 foi um ponto de virada para a cena Tier-2 e Tier-3. A lista de equipes que pausaram suas atividades ou deixaram completamente o CS2 inclui:
- Nostalgia, GameAgents, aimclub, Endpoint, FLUFFY AIMERS são equipes da Europa que enfrentaram problemas com a participação em grandes torneios.
- TALON (Ásia) e Gaimin Gladiators são organizações de multi-gaming de grande escala que temporariamente pararam suas atividades de CS.
As razões são diferentes: algumas referem-se a um ecossistema de torneios desfavorável, outras à falta de patrocinadores, e algumas equipes, como a Endpoint, reclamaram publicamente sobre a falta de regras transparentes para qualificação em eventos importantes.
A Hype Esports deixou sua marca no desenvolvimento do CS brasileiro, mas é mais uma confirmação de que a Valve e os operadores de torneios devem reconsiderar o formato de apoio ao segmento semiprofissional do cenário - enquanto ainda há alguém para jogar.
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