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Interviews
12:54, 16.01.2025
[Exclusivo] Entrevista com GiantX runneR: "Cloud e Tom têm me chamado de 'Menina' porque tenho comprado muitas coisas da Amazon"
Antes do início do VCT 2025: EMEA Kickoff, tivemos a chance de conversar com o jogador da GIANTX Emil "runneR" Trajkovski. A conversa foi incrivelmente envolvente, abordando tópicos como sua transferência para a GIANTX, seu tempo com a Team Vitality, treino na academia e muito mais. Aproveite a leitura!
Você pode nos falar sobre seu tempo na GIANTX até agora? Você está na equipe há um tempo, basicamente desde outubro.
No geral, juntar-se à GIANTX tem sido incrível. Quando me pediram para entrar, fiquei empolgado porque todos aqui são muito energéticos. O time tem uma vibe única—todo mundo está envolvido em tudo que fazemos, exceto dormir, é claro. Tem sido uma experiência incrível. Aproveitei cada momento, desde as sessões de treino até apenas sair com eles. Amanhã começamos a temporada oficialmente, e estou realmente animado para isso.
Vamos retroceder e falar sobre como o elenco foi formado. Você pode nos explicar o processo? Quais foram as discussões com a gestão e os jogadores sobre quem trazer para a equipe?
Após a temporada com a Vitality, eu não tinha certeza se ficaria com eles, e eles também não estavam certos. Então comecei a explorar outras opções. Minha agência entrou em contato com a GIANTX, e eu fiz testes para eles, experimentando todos os papéis. Me apaixonei pelo papel de flex/suporte—simplesmente parecia certo. Pipson e eu conversamos bastante sobre isso, e ele concordou que era um ótimo encaixe para mim. Fazia muito tempo que eu não curtia tanto um papel assim.
Mais tarde, testamos Thomas, e ele imediatamente se encaixou com o time. Ele compartilhou nossa vibe—engraçado, inteligente, e um ótimo jogador. Ele adicionou muita energia e equilíbrio à equipe. Foi assim que o elenco se formou.
Você terminou em 9º-12º lugar com a Vitality, o que é um resultado um pouco misto. Você está satisfeito com o modo como a temporada terminou para você?
Claro, perder nunca é satisfatório. No entanto, sou muito grato pela experiência que ganhei com a Vitality. Aquele ano me ensinou muito—sobre o jogo, esports em geral, e trabalhar com companheiros, coaches e gestão. Foi meu ano de estreia, e sinto que cresci significativamente como jogador. Embora o resultado não fosse o que eu queria, a jornada e tudo pelo que passamos juntos foram inestimáveis.
O que levou à decisão de você e Vitality se separarem?
Não sei todos os detalhes, mas se resumiu a um conflito de papéis. Após o término da temporada, comecei a fazer testes com a GIANTX e decidi mudar para o papel de flex. A Vitality já havia decidido trazer Less, e eles até me ofereceram testar como jogador flex, mas eu estava realmente curtindo meu tempo com a GIANTX. Sentia que o papel me cabia, e tudo se encaixava com o time, então escolhi ficar.
O que seu último torneio, Monsters Reloaded, revelou sobre suas forças e fraquezas?
Monsters Reloaded foi principalmente sobre ganhar experiência em LAN juntos como um time. Ajudou-nos a identificar áreas para melhorar, como preparação e adaptação a diferentes condições. Não priorizamos mostrar nossas estratégias, já que não era um evento importante para nós, mas foi uma boa chance de ver o que estava faltando. Embora fosse bom ganhar, o principal objetivo era aprender e nos preparar para a temporada oficial.
Eventos LAN são bem diferentes de partidas online. Como foi sua experiência jogando com a equipe nesse ambiente?
LANs definitivamente trazem mais energia. Você sente a pressão e a empolgação, e isso te empurra a dar o seu máximo. Mas as LANs também podem apresentar desafios — como atrasos, problemas com equipamentos ou até mesmo os nervos — que podem afetar o desempenho. É tudo sobre aprender a manter a compostura e estar preparado para essas situações para que não impactem suas partidas oficiais.
Você é o único jogador no elenco com experiência recente em torneios de nível campeão. Você sente que isso lhe dá um papel único na equipe, além de suas contribuições no jogo?
Ter essa experiência é definitivamente útil. Por exemplo, tenho ajudado colegas como o Westside e o ajudei a corrigir certos aspectos do seu jogo, o que ele fez rapidamente. Mas no final do dia, todos contribuem com algo valioso. Enquanto minha experiência é benéfica, vejo isso como parte do maior objetivo do trabalho em equipe. Jogar em campeonatos parecia qualquer outra temporada para mim—é sobre consistência, não sobre superestimar o evento.
Quais são suas previsões para o ano? Onde você vê sua equipe até o final de 2025, assumindo que o elenco permaneça inalterado?
Me sinto confiante em nós, então diria que entre os dois ou três primeiros. Claro, nosso objetivo é almejar o número um. Ninguém gosta de perder, e vamos dar o nosso melhor. Acho que somos subestimados, e isso pode jogar a nosso favor. Algumas equipes podem nos subestimar, mas não deveriam. No final do dia, acredito que somos fortes concorrentes.
Você acha que ser considerado uma incógnita no início da temporada pode jogar a seu favor?
Sim, pode. Não temos grandes nomes em nosso elenco, o que poderia reduzir a pressão sobre nós. Sendo uma equipe jovem com nada a perder, estamos apenas focados em jogar contra o maior número possível de equipes, especialmente as grandes, para melhorar e nos fortalecer.
Quais equipes você vê como sua principal competição para o torneio em Bangkok?
Provavelmente Vitality, Fnatic, e algumas outras, mas você nunca sabe. Os elencos estão mudando, e novos jogadores e equipes estão entrando em cena. É difícil prever, mas estou ansioso para jogar contra todos.
Você sente alguma motivação pessoal para provar algo à Vitality?
Não realmente. Eu não me importo muito com isso. Só quero jogar, vencer todos, e focar no que está por vir.
Você parece ser um cara tranquilo.
Sim, gosto de me divertir e brincar, mas quando é hora de treinar ou nas oficiais, estou totalmente concentrado. Fico vocal, emocional, e talvez solto algumas palavras em macedônio para empolgar o time. Todos nós fazemos isso, e é uma das razões pelas quais funcionamos tão bem juntos.
Você é o que geralmente incentiva a equipe?
Não necessariamente. Pode ser qualquer um—Purp0, Thomaszy, ou outra pessoa. Todos nessa equipe podem trazer energia, o que é importante. Se apenas uma pessoa faz isso, e ela não está bem em um dia, isso pode afetar toda a equipe. É por isso que ter várias pessoas que podem trazer o hype é uma grande força para nós.
Quanto tempo você está no bootcamp?
Estamos aqui há cerca de 11 dias agora. Chegamos por volta de 3 de janeiro. Tem sido intenso—estamos treinando, jogando, e fazendo coisas fora do jogo como ir à academia, patinar no gelo e explorar a cidade. Foram apenas 11 dias, mas parece que já se passaram dois meses.
Você conheceu seus companheiros de equipe pela primeira vez na Turquia durante o torneio. Como suas impressões sobre eles mudaram depois de passar mais tempo juntos no bootcamp?
É uma sensação completamente diferente. Praticar em casa é bom, mas bootcamps são outra coisa. Você pode sentir a energia de todos, e isso te motiva a focar mais. Se alguém tem um dia ruim, sempre há alguém para animá-los. Bootcamps são cruciais para o crescimento da equipe porque vocês estão todos juntos nisso, construindo aquela conexão e melhorando como grupo.
Alguém te surpreendeu com talentos ou peculiaridades ocultas durante o bootcamp?
Sim, Cloud e Westside são surpreendentemente bons em patinar no gelo, o que me pegou desprevenido porque eu mal conseguia me manter em pé no gelo. Cloud também é bom em xadrez, e Westside joga também. Para mim, sou mais um cara da academia. Gosto de malhar e sinto que motivei outros a se juntarem a mim. No último ano, ganhei cerca de 7 ou 8 quilos de músculo, e estou orgulhoso do progresso que fiz.
Parece que vocês se divertiram brincando. Vocês têm algum apelido um para o outro?
Sim, recentemente Cloud e Tom têm me chamado de "Menina" porque tenho comprado muitas coisas da Amazon, incluindo produtos de cuidados com a pele. É tudo uma diversão leve, e eu não me importo—faz parte da dinâmica da equipe que torna o bootcamp tão agradável.
Você vai à academia sozinho, ou outros se juntam a você?
Geralmente vou sozinho, mas às vezes Westside ou Tom me acompanham. Na semana passada, Westside se juntou a mim quatro vezes, e Tom veio duas. Estou sempre aberto a tê-los comigo, mas também estou bem indo sozinho.
Parece que você construiu uma ótima atmosfera com seus colegas de equipe. Você acha que esse vínculo se traduzirá em um melhor desempenho no jogo?
Absolutamente. Quanto melhor nos conectamos fora do jogo, mais fortes somos dentro dele. Essa energia e apoio nos ajudam a manter o foco e a desempenhar nosso melhor.
A academia é muitas vezes um santuário pessoal para muitas pessoas. Você diria que é o mesmo para você?
Absolutamente. Quando comecei a malhar há alguns anos, gostava de ir com amigos porque era motivador nos empurrarmos uns aos outros. Mas depois de me mudar para a Alemanha e malhar sozinho por cerca de um ano, percebi que na verdade prefiro assim. Estar sozinho me permite focar totalmente no meu treino sem distrações. Quando você está com outra pessoa, tende a conversar e passar mais tempo, o que pode diluir o foco. Para mim, a academia se tornou meu espaço pessoal, uma parte do meu dia que é só minha.
Tive experiências semelhantes. Enquanto me exercito, muitas vezes me vejo refletindo sobre a vida, frustrações ou desafios. Você acha que a academia é um espaço para esse tipo de clareza mental?
Definitivamente. Para mim, a academia é quase como meditação. É onde libero estresse ou raiva e redefino. Se tive um dia difícil ou acordei de mau humor, ir à academia me ajuda a processar essas emoções. Quando termino, me sinto uma pessoa completamente nova. Tornou-se uma parte tão essencial da minha rotina que faltar parece estranho—como se não tivesse cumprido minha responsabilidade diária comigo mesmo.
Você acha que ir à academia impacta seu desempenho no jogo?
Acho que sim, especialmente mentalmente. Malhar clareia minha mente e reduz o estresse, o que me ajuda a manter a calma e focado durante as partidas. Fisicamente, não afeta muito o jogo uma vez que você está acostumado, mesmo após treinos pesados. No geral, recomendaria para qualquer jogador de esports—é uma ótima maneira de equilibrar a intensidade de jogar.
Vamos mudar de assunto para transferências do Valorant. Na sua opinião, qual equipe fez as melhores mudanças de elenco durante a janela de transferências recente?
É difícil dizer. Acho que algumas equipes como Vitality e Fnatic fizeram movimentos fortes, mas é cedo para julgar. Mudanças de elenco são sempre uma aposta, e novos jogadores ou equipes entrando na cena podem mudar as coisas. Teremos que esperar para ver como tudo se desenrola.
O que você acha dos novos mapas sendo adicionados ao pool?
Gosto da variedade—mantém as coisas frescas. Adicionar novos mapas pode ser difícil para as equipes que têm que ajustar suas estratégias, mas para mim, não faz uma grande diferença. Vou simplesmente praticar e me adaptar ao que estiver no pool. Faz parte do jogo, e estou bem com isso.
Por último, qual é a sua opinião sobre o novo agente, Tejo? Especialmente considerando sua habilidade de destruir utilitários como o Ultimate da Killjoy?
Tejo parecia superestimado no início, mas acho que agora está bem equilibrado. Sua utilidade pode ser situacional—útil em alguns mapas com pontos de estrangulamento mais apertados, mas não universalmente forte. As equipes podem encontrar maneiras criativas de incorporá-lo, mas não vejo ele sendo uma escolha obrigatória. Veremos como ele se encaixa no meta com o tempo.
É interessante que o novo agente foi lançado poucos dias antes do início da temporada. Você acha que foi cedo demais para ele ser permitido em partidas oficiais?
Quero dizer, não é o momento ideal, mas não acho que terá um grande impacto. Mesmo que as equipes decidam jogá-lo, já praticamos contra e sabemos o que o agente faz. Então estamos preparados e realmente não nos importamos.
Houve algum acordo informal entre as equipes para evitar o uso do novo agente por ele ser tão novo?
Não, não há acordos secretos assim. Se uma equipe quiser usar o agente, ela pode. No final do dia, o melhor time vencerá, independentemente de o agente ser usado ou não.
Justo. Você está planejando usar o novo agente?
Veremos. Não vou dizer nada—você terá que esperar para descobrir.
Entendi, vamos manter isso em segredo por enquanto. Obrigado por dedicar um tempo para esta entrevista, e boa sorte com a academia e a próxima temporada.
Obrigado! Foi um prazer.
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