12:30, 15.05.2025

Sete membros da equipe mongol ATOX, incluindo jogadores, treinador e analista, foram punidos por envolvimento em um esquema de manipulação de resultados. Três deles — Gan-Erdene "dobu" Batbold, Bat-Enkh "kabal" Batbayar e o analista Ana-Erdene "nuka" Baasantogtokh — receberam banimentos vitalícios. A razão foi a participação em mais de 70 apostas suspeitas e a colaboração com grupos criminosos da China.
Esta decisão foi o primeiro comentário oficial da Esports Integrity Commission (ESIC) sobre o caso ATOX, mas a comunidade de eSports já esperava explicações após a onda de suspensões na primavera.
Suspeitas, silêncio e banimento
A investigação começou com acusações contra a ATOX após seu jogo contra os Falcons na chave inferior do grupo na ESL Pro League 20, realizado em 12 de setembro de 2024. Os Falcons venceram a partida por 2-0, e a ATOX foi eliminada na fase Last Chance, terminando o torneio na posição 21-28. No entanto, problemas mais sérios começaram a surgir nos bastidores.
Foi após este jogo que a ESIC iniciou a investigação. Inicialmente, as suspeitas envolviam quatro pessoas: dobu, kabal, MiQ e o treinador FlyNN. No entanto, após o surgimento de novas evidências — registros de chats, gravações de chamadas e correlações de IP — o número de acusados aumentou para sete.

Quem foi punido e por quê
A ESIC divulgou os resultados da investigação em um relatório de maio, revelando detalhes chocantes:
- Gan-Erdene "dobu" Batbold recebeu um banimento vitalício por liderar o esquema: oferecia dinheiro pela participação, subornava e pressionava os companheiros de equipe, colaborava com estruturas criminosas da China.
- Bat-Enkh "kabal" Batbayar também recebeu um banimento vitalício, atuando em conjunto com dobu, participando de apostas e pagamentos.
- Ana-Erdene "nuka" Baasantogtokh, analista da equipe, não apenas apostava nos jogos, mas também dava instruções táticas intencionalmente erradas para influenciar os resultados das partidas. Ele também recebeu um banimento vitalício.
- Tuguldur "FlyNN" Gansukh, treinador e, na prática, CEO da equipe, foi punido com um banimento de três anos por conivência — ele sabia, mas não impediu as manipulações.
- Temuulen "MiQ" Byambadalai recebeu um ano por não informar sobre as violações e concordar em participar por dinheiro.
- Os novatos da equipe — Otgonlhagva "AccuracyTG" Batjargal e Munkhsaikhan "Zesta" Erdenebaatar, que se juntaram em novembro de 2024 — foram punidos com banimentos de oito meses por não relatarem ações suspeitas.
Vale notar que dois outros participantes da Pro League 20 — yAmi e Annihilation — ainda não foram punidos, mas uma investigação separada está em andamento, assim como no caso do jogador chinês xiaosaGe.

Em sua conclusão, a ESIC destaca que a investigação levou meses devido à escala e gravidade das violações. Foi determinado que a ATOX não agiu sozinha, mas em estreita colaboração com sindicatos criminosos chineses, utilizando uma rede de contas offshore e contas falsas.
O escândalo com a ATOX não é apenas mais um caso de jogo desonesto. É o primeiro incidente em larga escala envolvendo ligações diretas com o crime organizado. Ele levanta questões sérias sobre transparência, controle e a segurança futura da indústria de eSports.
Fonte
esic.ggPróximos jogos notáveis
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