O capitão da Tundra Esports, Neta “33” Shapira, compartilhou em uma entrevista exclusiva suas opiniões sobre a preparação para o The International 2025, o estado atual da equipe e suas ambições pessoais para conquistar o terceiro Aegis. 33 falou abertamente sobre as dificuldades do ano, mudanças na equipe e por que o torneio já não parece tão especial para ele, apesar de seu status no Dota 2.

De acordo com 33, o início da temporada para a Tundra foi muito bem-sucedido:

Começamos realmente bem. Nos primeiros seis meses, talvez tenhamos sido a melhor equipe em termos de resultados e jogo. Tínhamos uma identidade clara e ideias fortes de como queríamos jogar, e tudo simplesmente se encaixava. Desde então, tem sido mais difícil. Ainda estamos jogando bem, mas perdemos nossa forma de pico.

  

Falando sobre as frequentes mudanças na equipe, 33 destacou que novos jogadores trazem ideias frescas, embora a estabilidade também seja importante:

Quando uma equipe tem uma identidade forte, a chegada de novos jogadores nem sempre é prejudicial; eles trazem novas perspectivas e ideias. Claro, a estabilidade ajuda a construir química e consistência, mas mudanças frequentes forçam a adaptação e a abordagem diferente ao jogo.

   

Ele também falou sobre as diferenças entre Dyrachyo e Crystallis:

Dyrachyo é muito enérgico e barulhento, constantemente faz chamadas e cria impulso para a equipe. Crystallis é quieto e metódico, mas perigoso em seus heróis especializados. Tentamos explorar seus pontos fortes, pois seu entendimento do jogo é excepcional.

  

33 admitiu que a Tundra está passando por uma "crise de identidade":

Gostamos de um jogo de mapa lento e controlado, mas estamos buscando um equilíbrio entre o que funcionou antes e as novas ideias da meta. Isso ainda é um processo, mas estamos avançando.

  

Como uma vantagem de sua equipe, ele mencionou o profundo entendimento do jogo:

Mesmo que a execução não seja perfeita, analisamos bem as partidas e aprendemos com os erros, o que nos dá uma vantagem.

  

Sobre a rivalidade com Collapse e Team Spirit, 33 disse:

O Team Spirit está forte agora, em ótima forma. Há uma boa chance de que o Aegis vá para mim ou para o Collapse. Se não for para mim, estou torcendo por ele. Collapse é um jogador incrível, e assistir ele jogar é um prazer.

  

Quando questionado sobre a variedade de heróis do Team Spirit, 33 respondeu que isso lhes dá flexibilidade nos drafts, mas não muda muito a abordagem da Tundra:

Os heróis deles são diferentes, mas as funções geralmente são as mesmas. Estudamos seus drafts e movimentos no mapa para adotar o que for útil, mas, no geral, isso não muda fundamentalmente o jogo contra eles.

  

Sobre o nível de competição no TI14, 33 comentou:

O torneio agora é muito mais imprevisível. Todas as oito melhores equipes são capazes de vencer umas às outras, o que torna a competição emocionante.

  

Sobre as perspectivas após o TI14:

Planejo continuar jogando, independentemente do resultado. Quero apenas aproveitar a atmosfera do torneio e mostrar um bom desempenho.

  

33 também compartilhou suas opiniões sobre o prêmio em dinheiro:

Pessoalmente, gostaria de ver um prêmio maior, mas entendo que voltar a US$ 30-40 milhões seria insano. Um equilíbrio de US$ 4-5 milhões tornaria o TI realmente especial. Agora, o torneio já não parece tão excepcional, porque eu já o venci.

  

A Tundra Esports segue para o TI14 com o objetivo de conquistar o segundo Aegis, enquanto 33 busca pessoalmente seu terceiro troféu, continuando a ser um dos jogadores-chave na cena mundial de Dota 2.