Introdução
Dragon Age: The Veilguard tinha um objetivo ambicioso: expandir o amado mundo de Thedas e mergulhar em um novo capítulo da série Dragon Age, explorando novas terras e personagens, além de desvendar os mistérios do Véu em si. Mas será que ele conseguiu estar à altura de seus icônicos predecessores, ou tem dificuldades em corresponder aos altos padrões da franquia?
Nesta análise, vamos mergulhar na jogabilidade, narrativa, construção de mundo e experiência geral de The Veilguard.
Narrativa
Os fãs da série Dragon Age esperam histórias ricas, personagens complexos e escolhas moralmente intricadas. Infelizmente, a trama de The Veilguard é um acerto e um erro. A história continua após Dragon Age: Inquisition, focando em um novo protagonista encarregado de proteger a barreira mágica Veilguard que separa o mundo físico do reino espiritual. É um conceito cheio de potencial, especialmente considerando como Inquisition insinuou a instabilidade do Véu e suas consequências. No entanto, The Veilguard não consegue entregar uma narrativa emocionalmente envolvente.
Jogabilidade
The Veilguard mantém os mecânicos de RPG de ação estabelecidos por seus predecessores, combinando combate em tempo real com opções de pausa tática. Na superfície, o combate parece familiar, com magos, ladinos e guerreiros trazendo suas forças e habilidades para o campo de batalha. As árvores de habilidades são extensas, dando aos jogadores múltiplas maneiras de personalizar o estilo de combate de seu personagem. No entanto, apesar da variedade, o sistema de combate raramente parece inovador, dependendo dos mesmos mecanismos com melhorias ou adições mínimas.
Missões e Construção de Mundo
Os jogos anteriores de Dragon Age se destacaram na construção de mundo, proporcionando aos jogadores ambientes expansivos que pareciam vivos com cultura, história e histórias pessoais. Infelizmente, o mundo de The Veilguard parece comparativamente vazio. As regiões são muitas vezes sem graça, carecendo da identidade única de lugares como Ferelden, Orlais ou os desertos do Império Tevinter. Além disso, o lore ao redor da facção Veilguard e suas origens não é explorado em profundidade, o que parece uma oportunidade perdida, dado o fascinante histórico ao redor do Véu.
Visuais e Áudio
Graficamente, The Veilguard parece um passo atrás. Embora não pareça ruim, por assim dizer, também não quebra barreiras. Os ambientes são repetitivos e as texturas ocasionalmente parecem desatualizadas. Os modelos de personagens carecem da nuance vista nos jogos anteriores de Dragon Age, com expressões que frequentemente parecem rígidas, prejudicando a imersão, especialmente durante as cutscenes. Fãs que esperam o nível de detalhe visto em Dragon Age: Inquisition podem se decepcionar com os visuais um tanto desatualizados.
O Veredito: Uma Entrada Morna em uma Série Querida
Dragon Age: The Veilguard tinha o potencial de ser uma adição de destaque à franquia Dragon Age, especialmente com seu foco único no Véu e no misterioso mundo que ele oculta. No entanto, apesar de sua premissa intrigante, o jogo luta para trazer algo novo. Embora seja agradável em curtos períodos, The Veilguard não consegue capturar a magia que os fãs associaram à série. A narrativa sem inspiração, o desenvolvimento insatisfatório dos personagens e a jogabilidade repetitiva acabam tornando-o uma experiência esquecível em vez de uma aventura memorável.
Considerações Finais
Para os novatos na série, The Veilguard pode servir como uma introdução simples e compreensível ao mundo de Dragon Age. Mas para os veteranos, pode deixar a desejar. Embora ofereça uma experiência de RPG adequada, carece do brilho que fez de Dragon Age uma potência no gênero. Se você é um fã ardoroso ansioso para explorar qualquer coisa relacionada a Dragon Age, The Veilguard pode valer a pena, mas é improvável que se junte às experiências clássicas de Dragon Age.
Classificação: 6,5/10
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